A alopecia é uma condição que afecta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada pela perda de cabelo ou pelos em diferentes graus e partes do corpo. Embora muitas vezes associada ao envelhecimento, a alopecia pode ter várias causas, incluindo factores genéticos, hormonais, doenças auto-imunes e estresse. Tem impacto na saúde capilar, mas também na auto-estima e o bem-estar emocional.

Trata-se de uma condição auto-imune, em que o sistema imunológico ataca e destrói tecido corporal sadio por engano, o alvo do ataque são estruturas que formarão o pelo. Sendo um problema que acomete homens e mulheres, podendo ser causada por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistémicas.

Neste artigo, vamos explorar os principais sintomas, as variedades da alopecia e as abordagens de tratamento disponíveis para quem busca uma solução para a queda de cabelo.


Tipos alopecia

·         Alopecia cicatricial: consiste na queda de cabelo provocada por traumatismo, queimaduras químicas, físicas ou devido à quimioterapia. Pode ainda ser causada por doenças que evoluem para atrofias ou cicatrizes, como piodermites, leishmaniose, tuberculose, herpes zóster, entre outras;

·         Alopecia areata: caracteriza-se por áreas arredondadas ou ovalares sem cabelo, de tamanhos variados, podendo ser únicas ou múltiplas, isoladas ou confluídas, sem grandes alterações na pele. Pode ocorrer no couro cabeludo e/ou em outras regiões com pelos. Em alguns casos, pode evoluir para perda total do cabelo;

·         Alopecia mecânica: está relacionada com a queda de cabelo causada por factores físicos sobre o couro cabeludo. Casos antigos, em que a acção mecânica fez-se por um longo tempo, a alopécia pode tornar-se irreversível;

·         Alopecia androgénica (não-cicatricial): é a queda de cabelo simétrica, que começa normalmente na região frontoparietal (escalpo), onde o cabelo fica mais fino, parecendo com uma pelugem. Está relacionada com a idade e também com predisposição genética;

·         Alopecia devido a causas sistémicas: pode ocorrer queda de cabelo difusa em várias doenças que afectam o organismo como um todo, como lúpus eritematoso sistémico, dermatomiosite, anemia, diabetes, híper e hipotireoidismo, entre outras.

  Alopecia feminina difusa: caracteriza-se por uma diminuição difusa de cabelos na região do escalpo (frontoparietal), com permanência dos cabelos mais curtos e afilados. A pele perde elasticidade e pode apresentar seborreia. Geralmente está associada a perturbações hormonais.

  Alopecia seborreica (calvície): mais comum no sexo masculino, este tipo de queda de cabelo tem início nas regiões frontoparietais e/ou no vértice, podendo evoluir e atingir toda a região central do couro cabeludo. É comum haver seborreia no couro cabeludo. Quanto mais precoce o início da queda de cabelo, mais grave ela é.

Possíveis causas da alopecia

Alta carga de estresse no dia a dia também podem favorecer a ocorrência desse tipo de alopecia. É uma das doenças de pele mais relacionadas com aspectos psicológicos do paciente.

Micose no couro cabeludo, reação hormonal pós parto, uso de produtos químicos inadequados, Lúpus eritematoso sistémico, doenças como hipotireoidismo, hipertireoidismo, sífilis secundária ou líquen plano, deficiência de proteínas, ferro, biotina e zinco.


Tratamento

O tratamento para a alopécia é feito de acordo com a causa, no entanto, a queda de cabelo pode tratada com o uso de medicamentos aplicados directamente no couro cabeludo e que devem ser recomendados pelo dermatologista.

Exemplos:

Corticosteróides: indicado para os casos de alopecia areata,  podem ser usados em forma de injecções ou cremes, pois ajudam a reduzir a inflamação que pode estar a afectar os folículos capilares.

Terapia a laser de baixa intensidade (LLLT): usada para estimular a circulação sanguínea no couro cabeludo, essa técnica pode ser uma opção para pessoas com alopecia androgenética. É realizada com aparelhos que emitem luz infravermelha para fortalecer os folículos.

Implantes de cabelo: para pessoas com alopecia androgenética em estágio avançado, o transplante capilar pode ser uma opção. Esse procedimento envolve a remoção de folículos capilares de áreas doadoras e sua implantação nas áreas de calvície.

Perucas, apliques e micropigmentação: são soluções não invasivas para disfarçar a perda de cabelo, especialmente em casos de alopecia severa ou onde o tratamento médico não surtiu efeito.

 


1 Comentários

  1. Ok. Bom tomei conhecimento.
    Um dos grandes medicamentos para o tratamento é o minoxidil, ou Tricovivax.

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