Violência doméstica é todo o tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar em comum.  Pode se apresentar de diferentes formas e dentro do contexto de um de um relacionamento entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos), ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou sogra e nora).  A violência doméstica engloba comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes, sobretudo para controlar a outra. As pessoas envolvidas podem ser casada ou não, ser do mesmo sexo, viver juntas, separadas ou namorar. Nesse contexto ela pode ser física, psicológica, sexual, patrimonial e moral e normalmente ocorre dentro de um ciclo que é constantemente repetido.


De acordo ao Instituto Maria da Penha (Brasil) existem três principais estágios deste ciclo:

1- Aumento da tensão
O agressor se mostra tenso e irritado por coisas insignificantes e pode ter acessos de raiva. Nesse momento, é comum ele humilhar, fazer ameaças e quebrar objectos da vítima. A mulher tenta acalmar o agressor e evita qualquer conduta que possa que lhe provoque. A mulher normalmente acha que fez algo de errado para justificar o comportamento violento do companheiro. Em geral, a vítima tende a negar e esconde os factos das demais pessoas. Essa tensão pode durar dias ou anos. 

2- Ato de violência
Nessa fase, a falta de controle do agressor chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na fase anterior se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial. Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle, o sentimento da mulher pode ser de paralisia. 

3- Arrependimento
Após o ato violento, o agressor mostra arrependimento e se torna amável para conseguir a reconciliação. É comum que a mulher se sinta confusa e pressionada a manter o relacionamento, principalmente se o casal tem filhos. Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude do companheiro. Por fim, a tensão volta a se acumular e voltam à primeira fase.


No passado, a violência doméstica era predominantemente associada às mulheres, pois estas constituíam a maioria das vítimas e o foco das discussões e políticas públicas. Essa visão era reforçada pelo fato de que as mulheres, devido a fatores históricos e sociais, eram vistas como o gênero mais vulnerável nesse tipo de violência. No entanto, hoje reconhece-se que os homens também são, e sempre foram, vítimas de violência doméstica, embora em menor escala. Essa conscientização tem ampliado o entendimento sobre a violência doméstica, demostrando que qualquer pessoa pode ser vítima de violência doméstica, ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, orientação sexual, formação ou estado civil. 

Também é considerada violência doméstica o abuso sexual de uma criança e maus tratos em relação a adultos.
Portanto homens, mulheres não sejam vitimas, denunciem, não permitam que suas vidas sejam destruídas por meros caprichos ou falsas promessas de mudança!



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