Rituais Femininos Africanos: Tradição e Espiritualidade

Em várias culturas africanas, os rituais femininos têm um papel fundamental na preservação das tradições, no fortalecimento da identidade e na conexão com os ciclos da natureza e da vida. Neste post, vamos explorar alguns desses rituais, mergulhando em práticas ancestrais que celebram a feminilidade, a passagem para a vida adulta, a fertilidade e a sabedoria das mulheres.

Antes de vos apresentar alguns desses rituais vamos lá primeiro entender o que é um ritual, certo?

Ritual processo continuado de atividades organizadas, consagradas por tradições e costumes através dos quais se atribuem virtudes ou poderes referentes à maneira de agir ou apresentação social (forma como somos ou seremos vistos pela sociedade).

Agora que já estamos mais esclarecidas sobre o que é um ritual apresento-vos alguns rituais praticados no nosso belíssimo continente.

Circuncisão Feminina: mutilação do genital feminina, praticada em varias regiões de Africa.

Segundo o blogue http://iseu-tribos.blogspot.com/ este processo pode ser feito nas seguintes formas:

• Clitoridectomia: uma parte ou todo o clitóris é amputado e o sangramento é interrompido com pressão local ou curativo.
• Excisão: A remoção do clitóris e os lábios interiores, com sangramento para através de sutura.
• Infibulação: É a remoção do clitóris e de parte deste, ou em menor escala a extirpação total dos lábios. Incisões são feitas nos lábios para criar uma superfície bruta que é mantida em contacto através de sutura ou então amarrando as pernas juntas, quando cicatriza, ela cria uma camada de pele que cobre a maior parte da vagina. Essa camada da pele deve ser cortada antes de do parto e, após o qual, são frequentes as re-infibulações. 

Reed Dance “Africa do sul”: as jovens de corpo nuns e pintados caminham acompanhadas de uma vara comprida de cana enquanto cantam e dança, são donzelas virgens e prontas para casar enquanto esperam ser escolhidas por um pretendente.

A fila, que parece infinita, é dividida em grupos por região de proveniência. Para cada região, trajes diferentes, confeccionados com complexos trabalhos de miçangas, especialidade e antiga tradição artística zulu, que contrastam com os óculos modernos, relógios coloridos e telemóveis da última geração.

Efiko “Angola”: é a festa da puberdade, determina a maturidade da mulher para a vida adulta principalmente para a constituição de famílias. 

Durante a festa da puberdade os pais ou tios matam um ou dois bois simbolizando o poderio da família nesta festa onde haverá igualmente bebidas de todo o gênero e dança-se ovindjomba. Três dias antes, as famílias sacrificaram ou mataram um cabrito, altura em que os pais perceberam que a filha já é uma mulher.

Emuali “Moçambique”: cerimônia de iniciação só para mulheres. Nenhum homem se aproxima, pois que, mal oiçam o ruido do pequeno tambor usada na dança, os homens afastam-se a correr convencidos de ficar doidos. As mulheres formam um círculo enquanto uma delas namugo e a namuali dançam no centro. Uma outra, com uma escultura de pênis, normalmente de madeira, presa na cintura vai também ao centro com a mulher, que la se encontra completamente nua, simulam o acto sexual, dramatizando-o para a jovem namuali.